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Usando a Língua: arte e identidade em cena

Publicado em:
10/12/2024
A imagem mostra um grupo de pessoas no palco de um teatro. O palco está iluminado por luzes vermelhas e brancas no fundo, enquanto o grupo posa para uma foto. São oito pessoas ao centro, vestindo roupas diversas e estilosas, com um público na plateia capturando o momento com câmeras ou celulares. A cena transmite uma atmosfera de celebração ou conclusão de um evento, como uma apresentação artística, uma performance ou uma cerimônia.
Organizadoras e convidadas do programa Usando a Língua, posam no palco do Teatro do CCJF

No dia 26 de novembro, o Centro Cultural Justiça Federal (CCJF) recebeu no Teatro um verdadeiro programa de auditório, o Usando a Língua, da Cultne TV. O evento, parte da Mostra Cultural Consciência Negra, começou com a presença marcante de Asfilófio de Oliveira Filho, ou melhor, o Mestre Dom Filó. CEO da Cultne TV, ele foi o primeiro homem negro a ter um programa de TV, na década de 1980.

Com a apresentação de Jana Guinond, atriz, pedagoga e Mestra em Patrimônio, Cultura e Sociedade pela UFRRJ, o programa da Cultne TV — a primeira televisão brasileira 100% dedicada à cultura negra —, recebeu três convidadas singulares: Marcelle Cordeiro, cirurgiã dentista de reabilitação oral, especialista em atendimento humanizado, Kiratiana Freelon, a jornalista e pesquisadora da Cultura Afro Brasileira, oriunda de Chicago, e DJ Bieta, pesquisadora das culturas de matrizes Afrobrasileiras e africanas diaspórica, além de participações especiais das professoras Júlia Jóia e Mônica Aniceto. Com o quadro Língua Já, o público pôde participar ativamente do programa, em um exercício de compreensão por meio das semelhanças. “Podemos nos reconhecer pelas coisas que temos em comum e que contribuem para que possamos nos reverenciar, mesmo pensando diferentes", relatou Jana Guinond. 

Renato Nogueira, doutor em filosofia pela UFRRJ, que não conseguiu comparecer ao evento, deixou um vídeo que marcou a sua breve, mas muito especial participação. Para ele, Usando a Língua tem tudo a ver com amor, porque o amor tem relação com expressão, com aquilo que a gente fala, aquilo que nós sentimos quando é colocado em uma expressão — seja via audiovisual, seja por meio de  palavras ou texto. “O sentimento ganha contorno, a gente consegue organizar. Usando a Língua é um programa que é feito com muito amor”, ressaltou Nogueira. 

Segundo a apresentadora, a realização do programa de auditório no CCJF foi a união de grandes potências na arte do Usando a Língua, em diversos setores da sociedade. “A língua é um Patrimônio Cultural Imaterial que possui um papel identitário de um povo, através de suas crenças e valores”, destacou Jana.