Abertura da exposição Horizonte Cerrado, no CCJF, atrai público para obras da coleção de Sérgio Carvalho

No último sábado, dia 25 de janeiro, o Centro Cultural Justiça Federal (CCJF) abriu as galerias do 2º andar para mais uma exposição: Horizonte Cerrado: viver no centro do mapa, que reúne 140 obras de 40 artistas contemporâneos brasileiros consagrados, como Athos Bulcão, Antonio Obá e Camila Soato. As obras, da coleção de Sérgio Carvalho, trazem diferentes visões artísticas sobre o Cerrado, segundo maior bioma do país, que está presente em 13 estados brasileiros e corre risco com o desmatamento. O conjunto de pinturas, fotografias e esculturas, distribuído em quatro salas do Centro Cultural, ajuda a demonstrar que a proximidade das terras e das culturas influenciam o modo de pensar e a produção de seus habitantes — e aqueles que escolheram a região para viver.
Na ocasião, Dr. Theophilo Miguel, vice-diretor geral do CCJF e desembargador do Tribunal Regional Federal 2ª Região (TRF2), agradeceu a presença de todos e destacou a oportunidade do espaço abrigar obras de artistas em diferentes momentos de carreira. “É motivo de profundo orgulho. Sejam todos muito bem-vindos, é uma honra estarmos aqui”. Renata Petrocelli, gerente executiva de marca, marketing e patrocínio da Eletrobrás, empresa patrocinadora da exposição, via Lei Rouanet, também esteve presente na abertura e destacou a importância de valorizar essa região da cidade do Rio de Janeiro, trazendo conteúdo de qualidade, e uma agenda cultural vibrante e forte. “É algo que nos orgulha e nos alimenta. A exposição conecta duas fontes importantíssimas para o nosso negócio: a preservação ambiental dos recursos naturais do país e o apoio à cultura”, enumera Renata.
O público, encantado, pôde conferir de perto as obras de arte que compõem a mostra. A curadora Marília Panitz explica que a concepção da mostra foi pensada em como os artistas — muitos deles nascidos em Brasília, Mato Grosso, Goiás, Bahia, e adjacências, ou até aqueles que possuem uma história na região central do país —, pensam esse horizonte mais reto, essa vegetação, essas cidades planejadas e modernas, e, em contraponto, essa herança cultural forte que ainda persiste e é tão desconhecida do restante do Brasil. “Queria que vocês tivessem essa viagem a esse espaço que nem todos conhecem, outros conhecem mas não essa parte mais profunda do Brasil e tenham prazer nisso. É o que a gente espera”, convidou Marília, que ainda ofereceu ao público, no mesmo dia, uma visita mediada especial. Vicente de Mello, presidente do Ipac, empresa que idealizou e realizou o projeto, faz coro com a curadora e complementa: “as obras da coleção Sérgio Carvalho nos apresentam centenas de culturas a serem contadas por diversos prismas. Horizonte Cerrado é uma coleção formada de desejo e de fôlego”.
Para a visitante Luisa Moser, gerente de vendas, conferir a exposição é uma oportunidade única para quem gosta de arte conhecer um pouco da produção artística fora do eixo Rio X São Paulo, além de entender melhor sobre o que é uma coleção particular. Ela, que nasceu na região Centro-Oeste, também lembra da importância do tema para a sociedade brasileira. “À primeira vista não é um bioma que encha os olhos como uma Mata Atlântica ou Floresta Amazônica, mas isso é só à primeira vista. Se você se demorar um pouco percebe que é um bioma incrível e está sendo ameaçado pelo desmatamento, pelo avanço da fronteira agrícola. Então, acho que é urgente e importante trazer essa questão para que arte e conservação ambiental caminhem juntas”, pontuou.
A mostra Horizonte Cerrado: viver no centro do mapa é gratuita e funciona até dia 23 de março, de terça a domingo, das 11h às 19h, nas galerias do 2º andar do CCJF. A realização é do Instituto de Promoção à Arte e Cultura (IPAC) e do Ministério da Cultura por meio da Lei Rouanet, com produção assinada pela 4Art. O patrocínio é da Eletrobras e o apoio institucional, do CCJF. Veja mais aqui, inclusive a lista completa dos artistas participantes.