Gratuito
Sinopse
A Tarde Literária do CCJF traz toda a beleza e grandiosidade cultural do Rio de Janeiro durante o período da Belle Époque e dois de seus principais expoentes: o escritor João do Rio (autor homenageado da FLIP de 2024) e a musicista e compositora Chiquinha Gonzaga. Esses dois artistas foram vozes proeminentes no cenário carioca do início do séc. XX, ambos pioneiros, ousados e capazes de transitar com desenvoltura por todas as camadas sociais, numa época em que tal atitude poderia ser escandalosa – principalmente para mulheres.
Para conversar sobre o assunto e esses dois ícones, teremos o professor Hedjan Costa, a editora Úrsula Antunes e a responsável pelos projetos editoriais da Bandeirola, a escritora Sandra Abrano (mediadora).
Após o bate-papo haverá sorteio de livros. Quem quiser, poderá comprar exemplares dos livros Pavor dentro da noite, coletânea de contos de mistério e horror de João do Rio, e Eu & Chiquinha Gonzaga, livro de anotações com curadoria de Úrsula Antunes, ambos pela Bandeirola.
O projeto Tarde Literária no CCJF é uma proposta de encontros entre autores, leitores, estudiosos, interessados e profissionais da área, apresentando temas literários diversos, mercado editorial e lançamento de livros.
Conteúdo Programático
- O Rio de Janeiro da Belle Époque trouxe modernidade e urbanização a uma cidade antes conhecida como Cidade da Morte e Porto Sujo, à custa da derrubada de cortiços, casebres, vielas e becos, em período de intensa explosão da população urbana, acompanhada por mudanças políticas, sociais e efervescência cultural.
- Paulo Barreto, o João do Rio, e Francisca Gonzaga, conhecida como Chiquinha Gonzaga brilharam nesse período, audazes em suas atitudes e no trabalho que amavam: João do Rio como jornalista e escritor; Chiquinha Gonzaga como compositora e maestra. Ambos, descendentes de escravizados alforriados, quebraram regras mediando a cultura popular e a erudita.
- João do Rio é o pseudônimo do jornalista, cronista, contista e dramaturgo João Paulo Emílio Cristovão dos Santos Coelho Barreto (Rio de Janeiro, 1881-1921). Iniciou sua atividade jornalística aos 16 anos e é considerado o "primeiro jornalista brasileiro a ter o “senso da reportagem moderna", segundo a Academia Brasileira de Letras, da qual foi um dos ocupantes. Foi, como Chiquinha, um dos fundadores do SBAT – Sociedade Brasileira de Autores Teatrais, cujo foco é assegurar os direitos autorais de dramaturgos e compositores.
- Chiquinha Gonzaga, nascida Francisca Edwiges Neves Gonzaga (Rio de Janeiro, 1847-1935), filha de José Basileu Neves Gonzaga, militar de linhagem reconhecida, com Rosa Maria Neves de Lima, negra forra, e neta de Tomásia, escravizada. Sua primeira composição foi aos onze anos, casou-se aos dezesseis, separou-se aos 23 e foi obrigada a deixar com a família, que a renegou, dois dos seus três filhos. Renegada pelo pai, encontra acolhida pelo ambiente musical boêmio. Considerada a primeira pianista de choro, a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil, atividades excepcionais para o período em que viveu e tendo contra si a tradição da sociedade patriarcal, quebrando muitas barreiras e uma das mais marcantes é o seu trabalho de mediação entre a cultura popular e a erudita.
- Sorteio de livros e bate papo com autores sobre os livros à venda
Bios
- Hedjan Costa- professor, pós-graduado em Educação Inclusiva, roteirista, colunista de literatura e escritor.
- Premiações: II Concurso Literário Contos de São João Marcos em 2017 e selo de destaque com o romance Barretos: homens de livros (Kitembo, 2023, contemplado pelo PROAC 2023) na categoria Narrativa Longa de Suspense do Prêmio ABERST de 2024. Prêmio Strix (2018). II Prêmio Nacional de Literatura de Belford Roxo (2019). II Concurso Literário Contos Sombrios de Paquetá (2019), Prêmio Marcos Rey (ABERST, 2023). Prêmio ABERST de 2022, na categoria Infantojuvenil com o livro Crianças nas Sombras.
- Outros livros: Gótico Suburbano (Luva Editora, 2019). Roteirista da Revista SiniXtro (2022), na coletânea VHS - Vídeo Horror Show (2020) e no projeto de webcomics Subúrbio Zero.
- Úrsula Antunes - editora, pesquisadora, revisora e escritora, graduada em Letras e pós-graduada em História Antiga e Medieval, e também em Revisão de Textos. Ganhadora do Grand ABERST 2021 (_conto “Só o fogo purifica”) Assistente editorial na Bandeirola e revisora e preparadora em diversas editoras. Escritora com diversos contos publicados em antologias coletivas, além de sua coletânea solo Desilusão de Ótica e a antologia poética Para tudo que morre e nasce, o interlúdio é o presente infinito.
- Sandra Abrano - escritora e editora responsável pelos projetos editoriais da Bandeirola. De sua autoria, VESTÍGIOS: Mortes Nem Um Pouco Naturais foi finalista nos prêmios Sesc de Literatura (2017) e ABERST (2018), além de ter contos distinguidos em antologias no Concurso Paulo Leminski (2015), Off-Flip (2021). Organizou os livros de anotações Eu & Cervantes, Eu & Mário de Andrade e Escrever para quê.
Apoio
Editora Bandeirola