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Homem com chapéu de palha e colares fuma cachimbo e aparece em frente a um altar religioso, segurando uma vela acesa com expressão de concentração e respeito. O altar é decorado com flores, imagens de santos e entidades, velas coloridas e um candelabro dourado, compondo um ambiente espiritual e ritualístico.
integra a
Mostra Cultural Consciência Negra
8 nov
sáb 17h
Cinema do CCJF

R$15 (meia R$7,50)
desconto de 50% para professores e jovens de baixa renda

ALclassif. ind. AL (livre)

Sinopse

O artista cearense André Feitosa descobriu que sua família descende de escravizados africanos, indígenas e judeus convertidos à força pela Inquisição. André mergulhou nos arquivos e reconstruiu sua árvore genealógica por dezenas de gerações. Onde lhe faltaram registros, buscou conhecimento nos terreiros de umbanda e candomblé. O filme percorre desde as montanhas de Florianópolis até “O Centro dos Judeus” kardecistas no Rio de Janeiro, passando pela praça da Inquisição em Portugal e o sertão do Ceará — costurando mundos e diásporas em um só terreiro encantado da “Sinagoga de Compromissos Ancestrais”.

Programação

Exibição do filme e debate com:

  • André Feitosa
  • Pai Silmar de Ossain
  • Professor Robson Cruz
  • Alex Minkin e outros.

Minibiografias

Robson Cruz é babalorixá do Candomblé, à frente do Agbô Ilê Ogum em Nova Iguaçu, RJ e antropólogo, tendo sido professor (ora aposentado) no Instituto de Humanidades e Letras da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Redenção, Ceará. Organizou em 2005, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, o IX Congresso Mundial de Tradição e Cultura Iorubá, através do PROAFRO/UERJ em parceria com a rede Orisha World, participou do Projeto Rodas de Cultura, em um convênio entre a Universidade Federal do Piauí e a Università degli Studi de Verona (Itália), que atuou na Comunidade Quilombola Olho D'Água dos Negros, em Esperantina, Piauí. É pesquisador parceiro da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde.

André Feitosa ​é doutor em Arte Contemporânea (Universidade de Coimbra, 2021), artista, produtor cultural e pesquisador do inconsciente coletivo brasileiro. Graduado em Psicologia com formação complementar em Ludoterapia, compõe a equipe de facilitadores do Projeto Aula-Luz sob orientação do Prof. Dr. Pablo Manye, dirigido à formação básica sobre cores junto ao público de crianças entre 6 e 12 anos através das artes. Militante de Direitos Humanos, com investigação desenvolvida na interface da arte e da ancestralidade. André também foi iniciado para várias tradições do sagrado que participam da complexa ancestralidade brasileira.

Alex Minkin é antropólogo visual, ativista cultural e diretor da ONG Ticun Brasil. Desde 2012, concentra sua pesquisa nas interseções entre as culturas judaica e brasileira. Alex apresentou seu trabalho em diversas universidades e centros culturais nos EUA, Brasil, Alemanha e Israel. Seus artigos sobre a cultura brasileira foram publicados em Jewish Currents, Sounds and Colours, Forward e na Revista AntHropológicas. O primeiro documentário de Minkin, Urban Orishas (2022), sobre arte e religião brasileiras em Nova York, foi selecionado oficialmente pelos festivais Heritales e Rendezvous.
https://linktr.ee/ticun

Ficha-técnica

  • diretor: Alex Minkin
  • música: Bia Schneider, Vani Levi, Alex Lima, gravações originais de terreiros de umbanda e candomblé do Ceará, Nika Stewart e Naná Vasconcelos, Ensemble Nuria, Coro do instituto israelense brasileiro de cultura e educação, maestro Henrique Morelenbaum
  • vídeo: Carlos Lenine, Alex Minkin, Rafael Coelho, Felipe Alves, Igor Cabral, Nicholas Oliveira, Serj Sigmundr, Sergio Gomes