Assinatura de convênio com FUNARJ e honrarias de Mérito Cultural reforçam compromisso do CCJF com a difusão da arte e da cultura
Na última terça e quarta-feira, 22 e 23 de outubro, a Sala de Sessões do Centro Cultural Justiça Federal (CCJF) — palco de julgamentos históricos do Brasil enquanto Supremo Tribunal Federal (até a década de 1960) —, recebeu dois importantes eventos: no 1º dia, a assinatura do emblemático convênio entre o CCJF e a Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro (FUNARJ) e, em ambas as datas, homenagens com moeda e certificado de Mérito Cultural — honra máxima concedida pelo Centro Cultural — a profissionais exemplares que atuam em prol da cultura carioca.
No dia 22, com a presença da equipe de servidores do CCJF, da FUNARJ e da Casa Civil do Rio de Janeiro, o acordo de cooperação para o desenvolvimento e à execução conjunta de projetos culturais, artísticos, educacionais e patrimoniais foi assinado pelos atores envolvidos. Compuseram a mesa da cerimônia, além do anfitrião, Dr. Theophilo Miguel Filho, diretor-geral do CCJF e desembargador do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), os homenageados Jackson Emerick, presidente da FUNARJ, Nicola Miccione, Secretário de Estado da Casa Civil do Rio de Janeiro, Dra. Ana Cristina Dib Miguel, desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e Marcus Lontra, curador e crítico de artes visuais responsável pela futura exposição a ser montada no CCJF — que contará com obras de grandes pintores brasileiros como Cândido Portinari e Tarsila do Amaral, cedidas pelo Acervo de Artes do Banerj. Todos receberam, pelas mãos do diretor-geral do CCJF, a moeda e certificado de Mérito Cultural.
Na ocasião, Dr. Theophilo deu as boas-vindas e agradeceu a todos pela presença, ressaltando a importância do convênio entre CCJF e FUNARJ, parceria que, segundo ele, “representa mais do que um acordo formal entre instituições, simboliza a união das forças em prol da valorização da arte, da memória, do patrimônio cultural do nosso estado.” Para ele, esse convênio renova a vocação do CCJF em “ser o espaço de diálogo entre o passado e o presente, entre o Direito e a cultura, entre a cidadania e a criação artística.” Ao encerrar seu discurso, Dr.Theophilo reverenciou a todos que tornaram possível essa celebração, com especial citação àqueles que receberam as honrarias. “Reforço nosso compromisso de seguirmos juntos, com entusiasmo, responsabilidade e na construção de um futuro em que a arte continue a iluminar a justiça e a justiça a inspirar a arte”, concluiu.
Já no dia 23, na cerimônia em homenagem a Lucas Padilha, Secretário Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, Diego Vaz, Secretário Municipal de Conservação e Serviços Públicos do Rio de Janeiro e André Breves, empreendedor e permissionário da Banca do André, polo cultural localizado na Rua Pedro Lessa, além de agradecer os homenageados pelo empenho e valorização em prol da cultura e, especialmente, do CCJF, Dr. Theophilo celebrou a promissora parceria entre entes públicos, iniciativa privada e Centro Cultural e reafirmou o compromisso de todos com a democratização do acesso à arte, à história e ao conhecimento. “Costumo dizer que o Centro Cultural Justiça Federal vai existir, com a gente, sem a gente ou apesar da gente…somos apenas partícipes da história e trajetória dessa obra prima maravilhosa. Mas como todo espaço público, depende da colaboração de pessoas engajadas, comprometidas com o bem comum. É justamente essa parceria exemplar que nós celebramos aqui. A titularidade da coisa pública é do cidadão. Temos um dever importantíssimo na manutenção, conservação e preservação desse espaço e as pessoas que nós homenageamos aqui são fundamentais para esse desiderato, tanto no aspecto material quanto no imaterial.”, destacou na abertura da cerimônia.
Após agradecer pela honraria, Lucas Padilha ressaltou a relevância do CCJF para a cidade do Rio de Janeiro. “Esse Centro Cultural é um local onde há policultura, diversidade, recebe todos os formatos e tipos de arte e dá vida a esse território importante que é o centro da cidade”, pontuou ao mencionar, em seguida, que equipamentos culturais como a Banca do André, que leva a cultura para ‘além muros’, também são fundamentais, um exemplo para se pensar em boas políticas públicas. Segundo o secretário, a moeda de Mérito Cultural concedida pelo CCJF não é um reconhecimento a ele, mas ao poder transformador da cultura. “É um convite para voltar e para fazer muito mais. Bons gestores públicos são mais indignados que a população. Reconheço as nossas vitórias como um estímulo para fazermos mais”, disse.
Na sequência, Diego Vaz destacou que a liga responsável pela sinergia e conexão entre pessoas que querem fazer o Rio dar certo é ter uma alma boa e disposta para deixar um legado para cidade fluminense, maior patrimônio dos cariocas. “Fico muito grato e feliz, vou guardar com todo o carinho a moeda e o certificado e colocar no meu escritório, ao lado do local onde assino meus documentos. Tenha certeza que esses pequenos grandes gestos a gente não esquece, esse reconhecimento fica guardado no nosso coração”, salientou.
Por fim, André, emocionado e agradecido, declarou que não imaginava que um dia teria a oportunidade de sentar-se ao lado das autoridades presentes em uma cerimônia, na Sala de Sessões, e ouvir verdadeiros elogios a ele mesmo. “É extremamente importante quando uma instituição pública acredita no meu trabalho, me aceita, me acolhe e me dá estrutura. Dr. Theophilo assumiu em abril; estamos em outubro e eu estou nessa mesa, recebendo essa medalha. Imagina o que a gente não pode fazer daqui para frente, depois desse reconhecimento”, ressaltou.