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100 Anos de Carnaval no Rio de Janeiro

Por
Maria do Carmo Rodrigues de Oliveira
A imagem mostra uma capa de livro de fundo esverdeado e desenho de uma mulher de biquíni e adereços carnavalescos sambando, acompanhada de um homem vestindo blusa azul com detalhes dourados e calça vermelha, com chapéu das mesmas cores na cabeça. Ele toca bumbo. Na parte superior, a frase “100 anos de Carnaval no Rio de Janeiro”. No meio da capa, o nome do autor, Haroldo Costa.

COSTA, Haroldo. 100 anos de carnaval no Rio de Janeiro. São Paulo, SP: Irmãos Vitale, 2001.

O carnaval carioca é uma das mais legitimas expressões da maneira brasileira de ser. Tanto assim que, escapando da esfera geográfica da nossa cidade, sua transformação deu-se de maneira inexorável, influenciando outras cidades e estados, criando uma temperatura que não tem nada a ver com a meteorológica mas, sim, com a pulsação interna e contaminação de difícil resistência. Nas ruas, seu habitat natural, nos salões, nas praias, não há um só lugar onde o carnaval do Rio de Janeiro não se faça presente.
Por ser um carnavalesco convicto sempre me interessei sobre as histórias sobre esta festa que é a maior catarse coletiva do país. Nascido nas ruas, por obra e graça de boêmios e foliões anônimos impulsionados pelo incentivo alcoólico, o carnaval carioca encontrou seu destino nos batuques, nas cantigas improvisadas, na graça das mulheres e na transgressão que ficou sendo uma de suas marcas indeléveis.
O livro, para mim, é uma viagem muito interessante pelas várias fases pelas quais o carnaval vem passando, registrando o talento musical do povo, a criação de aparatos visuais, sejam fantasias ou carros alegóricos, sempre acrescentando inovações e variedades, tendo sempre o cuidado de não perder de vista as razões de sua existência que são a alegria espontânea do povo e a soma das nossas influências culturais.

Haroldo Costa