Pular para o conteúdo principal
NewsletterLogomarca VITRAL CULTURAL

Quais são seus medos, fracassos e anseios? Peça teatral reflete sobre as divagações da vida de uma forma leve e descontraída

Publicado em:
10/06/2025
A atriz Bia de Queiroz , vestindo um macacão vermelho, apresenta um monólogo em um palco colorido, decorado com painéis geométricos numerados e um cenário lúdico. Ela interage com uma escada amarela e uma mesa com copos e garrafas, enquanto o público assiste em um teatro escuro.
No palco, a atriz Bia de Queiroz dá vida a jovem Elena, personagem que vive alguns fracassos na vida pessoal e profissional

Durante o mês de maio, a peça Insucessos de Uma Vida Quase Adulta movimentou o teatro do Centro Cultural Justiça Federal (CCJF). Dirigido por Stella Maria Rodrigues, escrito e protagonizado por Bia de Queiroz, o espetáculo levanta pautas sobre os fracassos, medos e anseios da protagonista — uma jovem de Campos dos Goytacazes, interior do estado do Rio de Janeiro, que vai para a capital estudar teatro —, refletindo tópicos relevantes na sociedade atual.

Ao participar de um teste para uma série, a diretora pede para Elena — que chega toda molhada de chuva ao local — contar algo sobre a sua vida. Entre desilusões amorosas, resultados negativos em testes, relações familiares conturbadas e, até mesmo, a perda de sua mãe, a personagem enfrenta insucessos em diversas áreas de sua vida, dos 19 aos 25 anos. 

Elena relata todos esses acontecimentos de forma leve e engraçada, interagindo em muitos momentos com o público — teve até quem subisse no palco como convidado para interpretar um ex namorado citado em uma das histórias —, arrancando risadas e gerando identificação com aqueles que já passaram  ou ainda passam pela insegura fase da vida de acreditar que nada  dará certo. Apesar de todos os fracassos, a personagem continua seguindo seu sonho de ser atriz, confiando que, em algum momento, conseguiria alcançar seus objetivos, mesmo não acreditando muito em si mesma.

Insucessos de Uma Vida Quase Adulta retrata a vida de muitas pessoas que se sentem perdidas — principalmente no início de suas carreiras —, e vivem  se comparando  com as pessoas ao redor. O espetáculo deixa um recado muito importante sobre essa fase, deixando uma mensagem de esperança: por mais que as coisas estejam ruins, um dia elas, certamente, irão melhorar.

A atriz, escritora e idealizadora da peça, Bia de Queiroz, contou para a Vitral Cultural sobre sua experiência com o público e o quanto essa temporada foi especial. “A temporada no CCJF foi bastante especial porque foi a nossa 6ª estreia, uma conquista importante para um projeto que vem sobrevivendo e caminhando com muito amor e muita garra nesse ambiente teatral intenso e mágico. Fechamos a temporada do espetáculo dignamente, contando com um público animado e aberto para se divertir e se entregar a história da peça que só foi bem contada porque o ambiente nos trouxe essa segurança. Finalizei uma etapa importante da minha carreira nesse teatro e entrei numa nova fase”, declarou.

O produtor cultural, Pedro Couto, trouxe um pouco sobre sua percepção em relação ao espetáculo. Ele  ressalta que de insucesso, a peça teatral não tem nada. “Assistir à peça foi uma experiência ótima. Apesar do título, que pode até parecer modesto, a peça entregou exatamente o contrário e é um sucesso. Me peguei refletindo sobre os caminhos da vida de forma leve, divertida e, ao mesmo tempo, profunda. A construção é super imersiva e mantém a gente atento o tempo todo. Foi muito especial poder prestigiar a atriz, que está incrível, e também os voluntários que aceitaram participar do momento interativo”, relatou.