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Ordinarius celebra 10 anos de álbum com o espetáculo “Rio de Choro” no Centro Cultural Justiça Federal

Publicado em:
10/10/2025
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No dia 24 de setembro, o grupo musical Ordinarius ocupou o teatro do Centro Cultural Justiça Federal (CCJF) com o espetáculo Rio de Choro - 10 anos. O sexteto criou uma atmosfera de nostalgia na plateia, apresentando, em arranjos vocais à capela ou acompanhados de percussão, clássicos da música brasileira. Com uma performance envolvente, os artistas não se expressaram apenas por meio da voz, mas também do corpo: alguns movimentos organizados e outros espontâneos, como o balançar do corpo em sintonia, conquistou a atenção do público para o palco. Além disso, a oscilação na intensidade das vozes ao cantarem as músicas foi um dos efeitos que garantiram o sucesso do show. 

Atualmente, o sexteto é formado por Augusto Ordine (diretor musical e fundador), Maira Martins (coordenadora), Matias Correa, Antonia Medeiros, Beatriz Coimbra e Fabiano Salek. Os artistas optaram por comemorar 10 anos do lançamento do seu álbum Rio de Choro no CCJF, parceiro de longa data do Ordinarius, e, honrando a identidade brasileira e atemporal do grupo, selecionaram músicas como “André de sapato novo”, de André Correa, “Rosa”, de Pixinguinha, e “Santa Morena”, de Jacob do Bandolim, “Um chorinho em Cochabamba”, de Edu Neves e Rogério Caetano, e “Baião de quatro toques”, de Zé Miguel Wisnik e Luiz Tatit. A distribuição do repertório entre os integrantes permitiu que todos tivessem momentos de destaque, tornando possível a visualização de cada talento individualmente, mas sem perder a percepção de unidade. 

Durante o espetáculo, vários momentos de interação com o público foram vivenciados, criando uma conexão e um sentimento de pertencimento entre o grupo e os fãs. Pessoas rindo, cantando junto, balançando as pernas no ritmo da música, tudo isso aconteceu quase que inevitavelmente. “Eu aprecio a música, já fiz parte de alguns projetos e foi uma experiência maravilhosa estar aqui hoje. Foi a primeira vez nesse show e foi uma viagem no musical, no tempo, foi lindo”, disse a amante de música, Moézia Castilho. Já Soraya Camillo, agente artística, descreveu a sua paixão antiga pelo Ordinarius. “Eu que vivo fora, já vi várias vezes. Eu sou uma das agentes deles na Europa, mas antes de ser agente, antes de me interessar por trabalhar com eles, os seguia na Internet. Eles têm realmente um trabalho super bom, presente. E, assim, a gente consegue ver a alma de cada um, a personalidade de cada um, a personalidade vocal, a personalidade artística, é um todo e cada um leva uma coisa muito forte individualmente. Então, é isso que mais me marcou e que me deu vontade de trabalhar com eles!”. 

Em entrevista com Ordine, ele conta que, na verdade, essa foi a celebração de 10 anos do seu 2º álbum gravado. De acordo com o diretor musical do Ordinarius, foi esse disco que permitiu a inclusão do grupo em projetos maiores. “Bom, na verdade, o grupo existe há 17 anos. E no início era uma coisa complicada  gravar álbum. Então cada álbum era, na verdade, uma conquista. Não que os de hoje não sejam, mas era o início do grupo (...) A gente não entendia exatamente o nosso lugar, o que a gente podia fazer”, conta.  Ele explica que a gravação do 2º disco foi ainda mais emblemática, pois os integrantes conseguiram produzi-lo com o trabalho do grupo, sem tirar recursos do próprio bolso como aconteceu no primeiro álbum. “É um projeto que a gente ama muito, é a música do Rio, né? Música carioca, música que fala do Rio ou que traz essa energia. Eu acho que comemorar esses 10 anos é um marco muito importante. Foi o disco que, por exemplo, nos levou  a nossa primeira viagem internacional há 10 anos. E aí dali abriram-se outras portas, porque esse tipo de música é uma música que tem muito apelo, muita entrada em lugares que valorizam a cultura. E daí a gente resolveu comemorar. ‘Olha, o Ordinarius está fazendo 10 anos, vamos fazer uma festinha’”, se diverte o diretor musical. 

Ao final da apresentação, o Ordinarius se despediu com a música “Carinhoso” (Marisa Monte e Paulinho da Viola), convidando a plateia a cantar junto com eles. Enquanto as luzes eram acendidas, foi possível notar que o público aproveitou esse momento para se despedir do show, com muitos aplausos e sorrisos. O grupo ainda abriu espaço para participação dos espectadores após o show, confirmando a sua passagem como uma apresentação marcada pela interação e pela qualidade musical.