
Oficina de Microcontos e as infinitas possibilidades de se contar uma história

Além da abertura da exposição Cinelocus, sábado, 22 de março, também foi dia de literatura no Centro Cultural Justiça Federal (CCJF). A Oficina de escrita de Microcontos, do micro ao infinito, abriu as portas da Sala de Cursos para os amantes da quinta arte. A escritora e oficineira Cecilia Botana deu uma verdadeira aula de microcontos para todos os 24 participantes — número maior do que o previsto. Ou seja, o sucesso não começou apenas antes do evento — tendo em vista a quantidade de inscrições, que superou o previsto —, ele permaneceu até seus últimos minutos, que inclusive se estenderam em uma sessão de autógrafos e venda de livros.
A escritora começou a oficina com uma breve, mas pontual introdução do que é um microconto, apresentando exemplos variados que mostravam seus contrastes e as mil possibilidades de se contar uma história. Cecilia fez questão de ouvir a voz de cada participante. Eles leram os contos e participaram da interpretação de cada um dos textos. Ao final da oficina, foi o momento de escreverem o seu próprio microconto, baseado em uma das pinturas expostas (O Grito, de Edvard Munch, e O Beijo, de Francesco Hayez). As histórias foram lidas em voz alta para todo o grupo, que ora silenciava suas vozes para tentar entender, ora gargalhava com o que tinha sido dito.
Bianca Oliveira, uma das participantes da oficina, conta que, apaixonada por literatura desde criança, sempre teve curiosidade de se aprofundar e entender um pouco mais sobre microcontos. “Eu não tinha um certo domínio nessa área da literatura, mas depois da oficina de hoje, que eu acredito ter sido maravilhosa, consegui pegar muitas dicas. Foi bem objetiva, do jeito que eu gosto, e até senti uma certa facilidade para fazer o exercício, coisa que eu achei que não teria”, relatou Bianca.
Surpresa com o resultado do encontro, Cecilia Botana captou com clareza o sentimento dos participantes: o de felicidade. “De fato, os alunos manifestaram ter gostado muito da atividade, disseram que aprenderam muito e me parabenizaram pela apresentação. Saíram muito contentes e eu fiquei com gostinho de ‘quero mais’”, concluiu a escritora.