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Cinelocus, nova exposição de José Damasceno, valoriza a importância da arte na Cinelândia

Publicado em:
10/04/2025
Vista de entrada para a exposição "Cinelocus", de José Damasceno, em uma galeria. À esquerda, uma parede vermelha exibe o nome da mostra. Ao fundo, através de uma porta, vê-se uma sala com parede branca, um ponto vermelho centralizado e uma cadeira preta vazia, criando um ambiente minimalista e intrigante. O chão é de madeira polida.
Entrada de uma das galerias do 1º andar do CCJF que compõe a mostra Cinelocus, de José Damasceno

No dia 22 de março, as galerias do 1º andar e a Sala de Sessões do Centro Cultural Justiça Federal (CCJF) ganharam contornos, cores, texturas, sons e luzes com a exposição Cinelocus. As obras de José Damasceno, artista visual brasileiro que expõe há anos dentro e fora do país, convidam o público a uma experiência cinemática imaginária que explora o espaço-tempo. Por meio de desenhos, esculturas, vídeo, instalações e gravuras, como a obra “O Grito comics”, em que a imagem de um gigantesco primata, iluminado por uma luz quente, parece estar emitindo um estridente som, Damasceno brinca com a relação entre realidade e o imaginário, mesclando-as de uma forma inusitada. Segundo ele, essa mistura entre objeto e ideia o acompanha desde sempre, confundindo-se mutuamente.

Na abertura da mostra, o artista ressaltou a razão que o incentivou a reunir esses trabalhos: a importância das obras estarem na Cinelândia, centro histórico e nevrálgico da cidade do Rio de Janeiro. “Reuni todos esses trabalhos que me acompanham nesta exposição com o incentivo de tê-los em conjunto mas, sobretudo, considerando a importância deles estarem na Cinelândia. Esse é o destaque. Estar celebrando a minha, a nossa cidade, o nosso circuito, nosso entorno. Isso para mim é especial”, disse ao pontuar que, apesar de ter exposto em vários lugares durante a carreira, inclusive fora do Brasil, a vontade é estar “aqui e agora”. “Aqui é o lugar. Acho importante valorizar o nosso entorno, todo o nosso substrato cultural. É uma questão de cuidar”, completou.

A abertura de Cinelocus ainda contou com a participação especial de Fausto Fawcett, compositor e escritor, expoente do rap rock e da literatura cyberpunk no Brasil que, entre outros trabalhos, ficou conhecido pela música "Kátia Flávia, a Godiva do Irajá" (1987) e "Rio 40 Graus", gravada por Fernanda Abreu, em 1992. O público lotou a Sala de Sessões para assistir à performance músico-poética Cine Funk Locus 50 graus de Fawcett que trouxe “cinco funks rap-sodias” sobre a atualidade incendiária do mundo contemporâneo.

A exposição fica no CCJF até o dia 8 de junho, de terça a domingo, das 11h às 19h, e é gratuita.