Entre os dias 2 e 12 de outubro de 2025, o Centro Cultural Justiça Federal (CCJF) recebeu uma parte significativa da programação do 27º Festival do Rio, se reafirmando como espaço estratégico para a produção audiovisual brasileira. Ao longo do festival, foram mais de 30 filmes exibidos gratuitamente no Cinema e no Teatro do CCJF. Anualmente, o evento é responsável por conectar o público a obras de muitos artistas que ainda estão em ascensão e, no CCJF, essa ponte aconteceu de maneira democrática tanto para os artistas, quanto para o público. 

Iniciado em 1999, o Festival do Rio cresceu com o objetivo de dar visibilidade e reconhecimento à produção nacional. Filmes que estreiam no evento disputam o Prêmio Redentor, um dos mais prestigiados do país, que incentiva produção, distribuição e carreira de obras e criadores brasileiros. Felícia Krumholz, coordenadora geral e curadora do Programa Geração - o segmento infanto juvenil e social do Festival do Rio, destaca a relevância dessa trajetória. “O Festival do Rio é hoje fundamental para o audiovisual brasileiro. Todo cineasta quer apresentar seu filme aqui”, diz. Ela ressalta que esse compromisso também se reflete no RioMarket, espaço do festival dedicado a negócios, produções e trocas tanto entre profissionais renomados, quanto novos no mercado.

Mais do que ganhar mais uma sala de exibição, o festival encontra no CCJF localização simbólica, espaços versáteis com capacidade para diferentes formatos e públicos, acesso imediato ao metrô, VLT e pontos de convivência da Cinelândia. “O CCJF não foi apenas escolhido como ponto de exibição. Ele sempre foi um super parceiro, um espaço lindo, que ajuda a revitalizar a Cinelândia enquanto território de cinema. A população precisa retomar a cidade. A Cinelândia tem tudo: salas, teatros, metrô, VLT, restaurantes. Queremos fortalecer esse glamour histórico  e o CCJF faz parte desse projeto. A gente já chegou em Niterói e nos subúrbios, mas acho que ainda falta muita coisa. Gostaria de ir para Campo Grande, Santa Cruz, Petrópolis, Teresópolis, Friburgo, cidades que de alguma maneira poderiam ampliar seu espaço e sua projeção e apresentação de filmes”, pontua Felícia. 

Em 2025, destacaram-se duas vertentes, filmes voltados a debates ambientais e produções realizadas por crianças, apresentadas e discutidas por eles. O resultado é um público diverso, que vai de apaixonados por cinema à novos espectadores — um investimento cultural a longo prazo. Ao receber mais uma edição do Festival do Rio, o CCJF reafirma seu papel como espaço de encontro e celebração do cinema e como um parceiro ativo na democratização do acesso à cultura, na renovação do público e na valorização do audiovisual brasileiro.

A união entre o Festival do Rio e o Centro Cultural se torna não só estratégica, mas essencial: ela devolve à Cinelândia o protagonismo cultural que sempre teve e garante que experiências transformadoras continuem sendo compartilhadas de forma gratuita e acessível. Assim, o CCJF continua cumprindo sua missão de ser um espaço público acolhedor, que valoriza a arte, promove o aprendizado e convida a população a viver o Rio com mais alegria e pertencimento.