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Notícia

Centro Cultural Justiça Federal (CCJF) e Caixa Econômica lançam Prêmio Quis Ego Sum para descobrir figura histórica apagada em parede da Sala de Sessões

Publicado em:
15/07/2025
Sala de sessões com decoração luxuosa em estilo clássico. O teto é ornamentado com molduras elaboradas, pinturas e lustres pendentes. As paredes laterais exibem painéis decorativos com figuras femininas emolduradas. No centro, há uma mesa em formato de U feita de madeira escura com cadeiras estofadas ao redor. Ao fundo, poltronas organizadas em fileiras para o público. As portas e detalhes em madeira completam o ambiente.

Entre os dias 15 de julho e 30 de setembro de 2025, o Centro Cultural Justiça Federal (CCJF) recebe inscrições e envio de propostas para o Prêmio Quis Ego Sum - Concurso Nacional de Pesquisa e Identificação de Personagem Histórico — CCJF, nome inspirado em uma alusão a expressão “Quem sou eu…”, em latim. A ideia do projeto, patrocinado pela Caixa Econômica Federal (CEF), é atrair pesquisadores, historiadores, arquitetos, restauradores, juristas, estudantes, artistas visuais, entre outros, para descobrirem qual personalidade histórica estaria por trás de uma das quatro pinturas-painéis que emolduram as paredes da Sala de Sessões do CCJF — local que já foi sede do Supremo Tribunal Federal quando o Rio de Janeiro era a capital do Brasil. Hoje, após restauração, três dessas obras foram recuperadas, faltando identificar apenas a imagem objeto de pesquisa do concurso, que foi integralmente perdida, sobrando apenas vestígios da moldura e um fragmento da inscrição latina: “Abusus non est…” Esse fragmento funcionaria como uma pista que instiga a reconstrução simbólica da identidade do personagem que já ocupou aquele espaço na pintura.

Conforme aponta o edital do Prêmio Quis Ego Sum, a resposta da investigação deve ser construída a partir de pesquisa histórica, análise iconográfica e argumentação crítica, podendo ser proposta tanto uma figura histórica específica quanto uma alegoria conceitual, desde que adequadamente justificada. A iniciativa visa incentivar a pesquisa histórica, a reflexão crítica e a valorização da memória e do patrimônio cultural vinculado à Justiça, além de valorizar a memória institucional por meio da preservação simbólica de elementos do passado e fomentar o pensamento crítico sobre a representação da Justiça e dos valores públicos em espaços de poder.

Após passar pelo crivo da Comissão Avaliadora, formada por especialistas nas áreas de Patrimônio, História, Arte, Direito e Arquitetura, os três primeiros classificados receberão os valores simbólicos de R$5.000 (1º lugar), R$2.000 (2º lugar) e R$1.000 (3º lugar). A Comissão também poderá conceder até duas menções honrosas. Serão considerados os seguintes critérios de avaliação: Coerência histórica da sugestão, Fundamentação simbólica e conceitual, Qualidade e clareza das argumentações, Relação da figura proposta com a frase “Abusus non est…” e Originalidade da abordagem.

Para saber mais informações sobre o prêmio e envio dos documentos e requisitos necessários para participar, acesse o edital completo aqui. As inscrições serão gratuitas e realizadas exclusivamente por meio eletrônico, através do e-mail premio.ccjf@trf2.jus.br . Após etapas anteriores, que estão no cronograma a ser divulgado no edital — incluindo breve Sustentação Oral —, a previsão é a de que o Resultado Final da seleção seja conhecido no dia 8 de dezembro de 2025; já a premiação acontece dois dias depois, 10 de dezembro. Participe e boa sorte!

Para acessar o material completo do edital clique aqui.

Abaixo, detalhe do painel com a figura apagada, ao lado de Cícero, filósofo romano. E, ainda, imagem dos outros dois painéis que foram restaurados, com mais duas personalidades históricas.

 Parede interna ornamentada da Sala de Sessões do Centro Cultural Justiça Federal, com duas grandes pinturas emolduradas lado a lado. À esquerda, a pintura está bastante desgastada, com grandes áreas descascadas. À direita, a imagem está preservada e mostra o busto do orador romano Cícero acima de uma inscrição apagada, ladeada por folhas de louro e enfeites em rosa e dourado. Ao redor, detalhes decorativos em dourado e verde.

 Parede decorada da Sala de Sessões do Centro Cultural Justiça Federal com duas pinturas murais restauradas lado a lado. Cada uma retrata o busto de um personagem histórico romano dentro de moldura dourada, sobre fundo claro e ornamentação com folhas de louro e laços rosados. À esquerda, está o busto de Justiniano, e à direita, o de Ulpiano. As pinturas estão bem preservadas e cercadas por elementos decorativos em verde, dourado e creme.