
Gratuito
Sinopse
A roda de conversa "Tinha que Ser Preto!" propõe um espaço de visibilidade e escuta ativa, abordando identidade racial, encarceramento feminino e resistência negra a partir de uma leitura crítica e política. Inspirado no livro homônimo de Marcele Oliveira, a atividade convida mulheres negras e periféricas a refletirem sobre suas experiências com racismo estrutural e sobre como o Estado e a sociedade controlam e marginalizam corpos negros.
O livro "Tinha que Ser Preto!" expõe, com profundidade e sensibilidade, como o racismo opera na vida das mulheres negras, especialmente quando suas narrativas são sequestradas pelo Estado penal. No Brasil, o encarceramento feminino tem cor e classe, e o desencarceramento deve ser uma luta feminista e antirracista. Como nos ensinou Lélia Gonzalez, não há como falar de democracia sem enfrentar as violências impostas às mulheres negras.
Por isso, essa roda de conversa, mediada por Taís Espírito Santo, busca fortalecer o discurso de autonomia e reescrever narrativas de resistência, trazendo à tona histórias apagadas, vozes silenciadas e a força coletiva da mulher negra contra o controle do Estado e o projeto de encarceramento em massa.
Mediação: Taís Espirito Santo, Associada da Elas Existem desde 2025, escritora, assessora literária, gestora cultural e coordenadora voluntária do projeto “Elas Escrevem”
Programação
Abertura e Mediação – Taís Espírito Santo
- Apresentação da proposta da roda e da importância do livro "Tinha que Ser Preto!" no debate racial, de gênero e justiça criminal.
- Breve contextualização sobre racismo estrutural, encarceramento feminino e a luta pelo desencarceramento.
- Reflexão sobre Lélia Gonzalez e seu pensamento como ferramenta de resistência ao controle do Estado sobre corpos negros.
Discussão Central – Reflexões sobre o livro e suas conexões com o encarceramento
- Como o racismo estrutura as experiências das mulheres negras no Brasil.
- Criminalização da população negra e o impacto das políticas punitivas sobre mulheres periféricas.
- O papel do Estado no encarceramento e o projeto político de controle da população negra.
- A luta pelo desencarceramento como uma pauta feminista e antirracista.
Troca Coletiva – Escuta, fala e construção de narrativas
- Compartilhamento de experiências pessoais e coletivas sobre racismo e sistema penal.
- Como o "tinha que ser preto" ressoa na vida das mulheres negras em conflito com a lei?
- Estratégias de resistência e organização coletiva contra o encarceramento e a criminalização das mulheres negras.
Encerramento – O poder da palavra e da escrita como libertação
- Reflexão sobre a escrita como uma forma de quebrar as prisões narrativas e materiais.
- A importância da memória, da voz e da luta coletiva para a transformação social.
Realização
Associação Elas Existem