Sinopse

Na primeira edição do evento Disseminário: Desconstrução, Psicanálise e Literatura: estranhas familiaridades, o escritor e professor de filosofia e psicanálise da UERJ Diogo Bogéa explora temas relacionados à desconstrução e psicanálise em torno do poema “Não é preciso ser um quarto para ser assombrado”, de Emily Dickinson. Desconstrução e Psicanálise questionam profundamente as certezas, verdades e ideais em torno dos quais nossas vidas se estruturam.

Para além da racionalidade, da consciência, da estabilidade e dos ideais de controle, Desconstrução e Psicanálise colocam em evidência uma existência imersa em incertezas, imprevisibilidades e sombras. ‘Co-movidos’ por desejos, fantasias, significações sem fundo, assombrados e rodeados por fantasmas e espectros. Esse é o estranho mundo que Desconstrução e Psicanálise abrem para as pessoas.

Nada mais justo, portanto, trazer para esse primeiro encontro a figura espectral de Emily Dickinson e sua poesia Não é preciso ser um quarto para ser assombrado:

Não é preciso ser um quarto – para ser assombrado –

Não é preciso ser uma Casa –

O Cérebro – tem Corredores que ultrapassa

Lugares Materiais – (...)

One Need Not be a Chamber —

to be Haunted One need not be a chamber—

to be haunted—

One need not be a House—

The Brain— has Corridors surpassing

Material Place— (...)