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No CCJF, show “50Tão”, de Ney Conceição Trio, consagra a cena jazzística e autoral brasileira

Publicado em:
08/08/2025
A imagem registra o show “50Tão”, do Ney Conceição Trio, no palco do Teatro do Centro Cultural Justiça Federal (CCJF). Sob luzes violetas, três músicos se apresentam: Ney Conceição no contrabaixo à esquerda, acompanhado por um baterista ao centro e um tecladista à direita. O fundo escuro destaca a iluminação do palco, refletida no piso de madeira. Na plateia, algumas pessoas assistem e registram o momento com celulares.

“50Tão”, cinquenta vezes mais swingado, cinquenta vezes mais latente. Essa é a frase usada para descrever, em poucas palavras, o show de Ney Conceição Trio, que se apresentou no último dia 9 de julho nos palcos do Centro Cultural Justiça Federal (CCJF). O nome “50Tão” vem do último álbum de Ney Conceição, em comemoração do meio século de vida do musicista — consagrado baixista, arranjador e compositor da cena jazzística brasileira. Na companhia de Adaury Mothé (teclados) e Erivelton Silva (bateria), a apresentação, com forte influência caribenha, brindou o público com sua genuinidade e autenticidade. De acordo com a produção de Ney, a intenção não foi realizar uma festa “engessada”, mas sim trazer um groove pulsante, um som que hipnotiza o corpo para o movimento. A meta foi alcançada, já que o público se entregou às músicas autorais do trio do começo ao fim da apresentação.

“A recepção calorosa do público nos tocou profundamente. Sentimos uma conexão real, dessas que só acontecem quando a música encontra ouvidos generosos e corações abertos. Foi mais que um show: foi um abraço coletivo, uma celebração da música instrumental brasileira em sua essência mais viva”, destaca Ney, em nome do trio “50Tão”. Para ele, foi um encontro marcado pela emoção, pela liberdade artística e, acima de tudo, pela cumplicidade no som.

Sobre a importância de espaços culturais promoverem a diversidade na música, arte e cultura, Ney ressaltou que oportunidades como essa, em tempos desafiadores, reafirmam a importância dos espaços públicos como fomentadores da diversidade artística e da sensibilidade humana. “Queremos expressar nossa sincera gratidão ao CCJF por abrir espaço à arte, por valorizar a música feita com alma e por apostar em projetos autorais e relevantes. Seguimos com a certeza de que a arte resiste, floresce — e se multiplica — quando encontra acolhimento”, conclui. Por aqui, ficamos no aguardo de um bis.